Xavier realizando difusão eletroacústica no espetáculo Instrumental Poesia. Foto: Fabio Scucuglia
Gabriel Xavier, nascido em Santos, exerce sua atividade artística, profissional e acadêmica na cidade de São Paulo. Graduou-se em composição na universidade Santa Marcelina (FASM) em 2014, onde estudou com Sérgio Kafejian, Arthur Rinaldi e Matheus Bitondi. Nesta época teve suas primeiras estreias, entre elas: Ricercare (2011) para violoncelo solo, radiodifundida no programa “Novos Acordes” da rádio Cultura FM de São Paulo; Litoral Plaza Puzzle (2014) para dois grupos instrumentais, estreada no festival ENCUM ao lado da Camerata Profana. Como conclusão de seus estudos, redigiu uma monografia sobre o grupo Música Viva na área da musicologia histórica.
Nos três anos seguintes, pesquisou abordagens espectrais da composição em conexão com técnicas seriais nas obras: Canto de Cera e Carne (2015) para orquestra, finalista da II Bienal Música Hoje (Curitiba); Abismo dos Cheiros (2015) para piano, estreada no Curto-Circuito Brasil-Canadá; Golpe Surdo (2016) para quinteto de percussão, encomenda do Theatro Municipal de São Paulo; Esgarçadura do Presente (2016), estreada pelo Ateliê Contemporâneo da Escola Municipal de Música de São Paulo; Percurso Trianon Sumaré (2016) para grande orquestra sinfônica, finalista do concurso “Tinta Fresca” da orquestra filarmônica de Minas Gerais.
Trecho (p. 7) da obra Esgarçadura do Presente
Neste mesmo período integrou o grupo Camerata Profana e o Coletivo Capim Novo, com quem realizou concertos (como compositor e regente) no Sesc Vila Mariana, Itaú Cultural, Casa da Cultura Contemporânea, Centro Cultural São Paulo, entre outros espaços artísticos em São Paulo. Xavier realizará na UNESP seu mestrado entre 2017 e 2019, sob orientação de Flo Menezes, com foco no método de análise por ondas acústicas e síntese eletrônica criado por Henri Pousseur.
A partir de 2017, inicia uma nova pesquisa musical na busca tanto pelo diálogo das formas sonoras e meios eletrônicos quanto o interstício da música de concerto e popular no trabalho sobre a intertextualidade. Entre 2020 e 2024, realizou a sua pesquisa de doutorado (UNESP) em composição investigando exatamente o ponto em que as relações de intertextualidade conectam-se na criação musical atual e do passado por intermédio das obras de Gilberto Mendes, Willy Corrêa de Oliveira e Henri Pousseur. Por meio da paródia, da citação, ou da desfiguração expressiva de formas musicais referenciais, Xavier busca criar estados estéticos que – além de significarem os próprios jogos sonoros – compõe um tecido sócio-histórico-político de relações musicais.
Xavier realizando difusão eletroacústica no espetáculo Instrumental Poesia. Foto: Fabio Scucuglia
Representativas obras desta busca são: Revólver Volúpia (2018), para saxofone, trompete, percussão e eletrônica, executada no T-SON (Studio PANaroma); Estereofonia (2019), obra eletroacústica (quadrifônica) estreada no Sesc Paulista no espetáculo Instrumental Poesia do Coletivo Capim Novo em conjunto com a poeta Marília Garcia; perForma (2020) para soprano, violoncelo, eletrônica e vídeo; JUKEBOX paródia tour (2021) para saxofone tenor, piano e eletrônica, premiada na XXIV Bienal de Música Contemporânea no Rio de Janeiro; o sexteto Será Canto à Fantasia? (2022), estreado pelo Percorso Ensemble no 1º Festival de Verão de Campos do Jordão; e a ópera O Presidento - Banda dos Ministérios (2022), estreada no Theatro São Pedro (SP).
Gabriel Xavier graduou-se em composição na universidade Santa Marcelina (2014) e obteve seu título de mestre na UNESP (2019), sob orientação do compositor Flo Menezes. Obteve seu doutorado a partir da investigação da inter/trans-textualidade musical em conexão com a criação musical. Por meio da paródia e da citação, Xavier busca (re)compor perspectivas poéticas a partir do tecido sócio-histórico-político da música atual. De sua produção, destacam-se as obras Golpe Surdo (2016) para quinteto de percussão, encomenda do Theatro Municipal de São Paulo; Percurso Trianon Sumaré (2016) para orquestra sinfônica, finalista do concurso “Tinta Fresca” da orquestra filarmônica de Minas Gerais; Morfemas (2018) para orquestra sinfônica, encomenda da Orquestra Moderna; JUKEBOX paródia tour (2021) para saxofone tenor, piano e eletrônica, premiada na XXIV Bienal de Música Contemporânea no Rio de Janeiro; o sexteto Será Canto à Fantasia? (2022), estreado pelo Percorso Ensemble no 1º Festival de Verão de Campos do Jordão; a obra Plastic Eardrums (2022) para violoncelo e eletrônica, estreada no Gaudeamus Festival (Países Baixos); a ópera O Presidento (2022) com libreto de Lara Duarte, estreada pela orquestra do Theatro São Pedro (SP). Desde 2013, colabora nos coletivos Camerata Profana, Capim Novo e Ato em Camerata – todos voltados à promoção da música contemporânea brasileira –, com os quais realizou concertos no Sesc Vila Mariana, Sesc Paulista, Itaú Cultural, Centro Cultural São Paulo, Biblioteca Mário de Andrade, entre outros espaços artísticos do estado de São Paulo.
por Gabriel Xavier
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